[#CaféComTutor] As fases da comunicação

É importante sempre, em qualquer interação, entre quaisquer espécies, que os envolvidos respeitem uns os espaços de conforto delimitados pelos outros participantes da interação.

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No episódio dessa semana eu trago uma reflexão paralela sobre as fases em que a comunicação e os vínculos se estabelecem entre dois cães e entre dois humanos, nas redes sociais.

É importante sempre, em qualquer interação, entre quaisquer espécies, que os envolvidos respeitem uns os espaços de conforto delimitados pelos outros participantes da interação.

Para ouvir, basta clicar abaixo:

Se você, ou seu cachorro, já teve o espaço de conforto ou de segurança invadidos, você vai adorar esse episódio!

Me conta a sua experiência, vou adorar saber! Comente!

Se preferir, você pode assistir, clicando abaixo:

Agora, se você preferir, pode ler a sua transcrição, na íntegra, logo aqui abaixo:

Quando conhecemos alguém, é normal que tenhamos curiosidade por saber mais sobre essa pessoa. Saber mais informações sobre o que ela pensa, como ela vive a vida… é normal que, dependendo do nosso interesse, a gente dê aquela vasculhada nas redes sociais dela pra saber mais o que esperar da pessoa.

Quando percebemos afinidades com a pessoa, ficamos animadinhos e, muitas vezes, conjecturando e expeculando mil e uma coisas e hipóteses sobre o alvo do nosso interesse.

Nós podemos ser mais ansiosos e, inclusive, ficar pensando nessa pessoa por alguns dias, de maneira entusiasmada… a ponto de, eventualmente, começarmos a segui-la no Instagram ou no facebook… entrarmos em contato com ela, através de um direct ou, se tivermos o contato telefônico dela, já nos comunicamos pelo whatsapp…

A partir de então, estabelecemos uma comunicação que diz, claramente ao outro que temos interesse em interagir com ele. A maneira como essa pessoa nos responde, também vai nos dar dicas se estamos sendo correspondidos nas nossas intenções de conhecer mais, ou não.

Pode ser que essa pessoa não esteja a fim de aceitar nosso pedido de amizade ou não tenha interesse em nos seguir de volta… e tá tudo certo, ne?!

Alguns de nós podemos demorar mais para perceber quando a recíproca não for verdadeira… quem nunca não é mesmo!

Mas, percebido, cada um seguirá com sua vida normalmente, como se nada mais importante tivesse acontecido… 

Bom, isso acontecerá com uma pessoa emocionalmente mais equilibrada, com forte noção de autocontrole e auto-estima. 

Entretanto, quando conseguimos estabelecer uma comunicação assertiva com essa pessoa… quando compartilhamos interesses e sentimos prazer em compartilhar nosso tempo interagindo mutuamente, a comunicação vai ficando mais leve, mais fluida… sem a necessidade e que fiquemos avaliando, a cada resposta ou post dela, como ela vê e percebe seu mundo.

E, a partir desse momento, vamos fortalecendo nossos vínculos… vamos cultivando um relacionamento respeitoso e que traga benefícios para ambos.

Os bate-papos são descontraídos e leves… sobre amenidades e também sobre questões mais filosóficas e pontuais… é gostoso conversar com a pessoa, às vezes, só damos um oi num comentário de uma publicação e já nos fazemos entender… dizemos pra ela, estamos aqui… ainda que não tão próximos, quanto gostaríamos…

Outra vezes, quando somos nós a receber esse “oi” ficamos felizes e agradecidos por ter essa pessoa no nosso círculo de relações saudáveis!

Sinto isso com muitos de vocês que me ouvem e que, mesmo sem nos conhecermos pessoalmente, muitas das vezes, sinto uma enorme felicidade em ter como pessoas com as quais me relaciono. Gratidão por isso!

É importante, nesse momento, entendermos que os vínculos são construidos diariamente, em todos os âmbitos relacionais. 

Se você curte, comenta ainda que só com um emoji algo que eu escrevi… isso me faz imensamente feliz e me reforça a fazer mais daquilo!

As redes sociais têm um potencial incrível para impactar as pessoas através do reforço positivo, se tivermos consciência de como fazê-lo. Mas, é um outro tema…

Então, seja honesto ao curtir, ou não, uma publicação minha porque assim, me fará pensar sobre o que estou fazendo e mostrando pra você. Gratidão antecipada!!! 

Entretanto, se nós não temos um vínculo…em construção, porque ele nunca estará fechado… se você nunca curte nada do que eu faço… se você nunca me incentiva e motiva a fazer mais e melhor, se de repente, você me chama no direct e julga sob a sua perspectiva algo que eu fiz, você obviamente, invadiu o meu espaço e eu estou no meu direito de não dar continuidade a essa interação, da maneira como for mais confortável para mim.

Surpreendentemente, essas etapas de comunicação e estabelecimento de vínculo também fazem parte das etapas e da construção de vínculos dos cães, com seus humanos e, principalmente com outros cães.

Eu estava estudando para dar uma aula bônus sobre linguagem e comunicação canina no 

nosso curso de formação de dog sitter profissional e ao estruturar essas etapas me veio em mente essa analogia ao contexto que vivencio, diariamente, nas minhas redes sociais.

Os cães utilizam-se de expressões corporais, a todo momento, em todas as suas interações para comunicar o que estão sentindo… e intencionando.

Podemos definir as fases da comunicação dos cães como ostensiva, quando dois cães se encontram mas, apenas um expressa com bastante ênfase o que quer comunicar, até que o outro começa, então a perceber e a entender a comunicação do primeiro;

O segundo cão então começará a se comunicar também e aí a comunicação passará a ser uma via de mão dupla, onde ambos informam suas intenções e suas emoções, um ao outro;

O que antes era bem definido e até invasivo, em alguns momentos, passa a ser uma comunicação mais sutil, aos nossos olhos humanos…

A comunicação fica mais fluida e leve, existe uma possibilidade maior da criação do vínculo entre os envolvidos… podem acontecer as brincadeiras de maneira relaxada;

Entretanto, pode acontecer também de não haver interação muito próxima e íntima. E tá tudo certo! Um cachorro pode não ir com os “córneos” do outro… ninguém, nem mesmo os cães, é obrigado a nada!

Mas, se eles se curtem, se resolvem criar esse vínculo, um cão já conhece o outro e as interações são absolutamente relaxadas, numa próxima oportunidade em que se encontrarem. Afinal, um já sabe como o outro se comunica, como gosta de interagir… quais são  seus limites e preferências.

É claro que, assim como nós, o contexto em que cada interação acontece faz diferença… talvez se você me disser algo não muito gentil, num dia típico em que os meus hormônios respondam por mim… ou num dia em que eu já tenha tido alguma situação que me esgotou energeticamente… talvez, nesse dia, eu não receba bem a sua intenção… 

Então, assim como eu faria na minha vida humana, nessas situações em que o contexto tivesse um impacto tão direto seria necessário avaliar melhor se, realmente, seria um bom dia para que a interação ocorresse… e talvez, eu não te respondesse nesse momento.

O que é importante entendermos é que, no entanto, quando nossos cães se comunicam com outros cães, talvez eles não sejam capazes de decidir por si mesmos que o coleguinha informou de alguma forma que não tá afim de interagir daquela maneira e suspender essa interação.

Alguns cães são exímios poliglotas e sabem expressar e entender com muita fluidez as diversas comunicações que podem surgir, independente de com quem se comunicam ou do contexto… entretanto, outros por diversos fatores, podem não ser tão fluentes assim e precisar que nós, seus humanos, ajamos proativamente, interferindo quando necessário para redirecionar ou interromper efetivamente uma interação.

Na dúvida, devemos sempre supervisionar as interações dos nossos cães com seus iguais para que a gente consiga evitar experiências ruins, tanto para os nossos quanto para os coleguinhas!

Não apresente seu cachorro para outro cachorro sem que antes disso um se habitue de maneira gradual, positiva e controlada à presença do outro, sem que para isso eles precisem ter contato físico, logo no início da amizade.

Promova essa aproximação de maneira que um perceba a presença do outro, numa distância confortável para ambos. Sem que um invada o espaço de conforto do outro.

E, fica a dica: na era das redes sociais, é sempre bom respeitar o espaço do coleguinha também, viu?! Se você não tem um vínculo com a pessoa, não é de bom tom dar um conselho que não foi pedido!

Se você gostou desse episódio, não esquece de curtir, comentar e compartilhar com quem você acredita que tá precisando melhorar as interações sociais humanas e/ou dos seus cães.

Gratidão e até o próximo episódio!!!

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