O preço e a concorrência

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Definir o nosso preço em relação ao preço da concorrência é uma prática muito comum, no mercado de produtos e serviços. Porém pode haver uma discrepância bastante expressiva entre o preço de um mesmo produto ou serviço.

O preço e a concorrencia

Sabemos que os produtos para pets, no Brasil, são tarifados como supérfulos e, por isso, podem ser bem mais caros que um mesmo produto, no mercado internacional, por exemplo.

Pra quem tem, ou presta serviço para animais de estimação, e conhece quais as verdadeiras demandas de um pet, sabemos que grande parte do que o mercado oferece não é tão supérfulo assim, não é mesmo?

Brinquedos para prática de enriquecimento ambiental, alimentação de qualidade e medicamentos são itens obrigatórios para quem tem um cachorro ou um gato. Assim como deveria ser educação, passeio, cuidados substitutos, na ausência do tutor e outros.

Os serviços entretanto são, na maioria das vezes, prestados por autônomos ou microempreendedores individuais e, portanto, têm uma tarifação relativamente baixa. O que faz com que muitas pessoas se lançem nesse nicho, oferecendo serviços porque o investimento inicial é, também, relativamente baixo, dependendo do quanto cada um escolhe se profissionalizar e aperfeiçoar, ou não!

Como esses serviços ainda não são regulamentados por nenhum sindicato ou associação, cada um cobra o preço que lhe convir! E qualquer pessoa, qualificada ou não pode se lançar no mercado.

E aí entra uma questão delicadíssima que se refere à concorrência que, poderia ser chamada de desleal mas, quero trazer uma reflexão para te fazer pensar sobre o seu serviço e não o do seu “concorrente”. Me acompanhe!

Vamos concordar que dependendo de cada microregião, dentro de cada cidade brasileira, pode existir predominantemente um tipo de público consumidor que, muitas vezes, poderão ter comportamentos de consumo similares. Eu digo pode porque se uma coisa que o Brasil tem é democracia geográfica, né?! Não tem disso de ter gente com maior poder aquisitivo, num ou noutro bairro, exclusivamente.

Existem os extremos, é claro! Mas, a grande maioria da população encontra-se no meio do caminho, entre um e outro e, vive ao longo do tempo épocas de mais ou menos abundância financeira!

O que eu acredito que traz maior enfoque pra essa situação está muito além da condição financeira que cada família tem. Acredito muito que o que define quanto cada família pode ou está disposta a gastar com seu animalzinho de estimação está intimamente ligado a fatores como cultura (o bem-estar do animal é uma prioridade para a família), o quanto esse animal é importante para a família e quanto de conhecimento sobre necessidades da espécie cada família tem.

Então, eu acredito que, assim como em todo os nichos, haverão prestadores de serviços para cada público. Um que não tem conhecimento, nem capacitação suficiente, ou que está começando, que opta por cobrar um preço menor e ele terá como clientes pessoas que, talvez, não tenham o bem-estar do animal como prioridade e sim a solução de um “problema” que é o que fazer com o pet quando for viajar, por exemplo,

E outro, que se capacita continuamente, que busca sempre melhorar seus processos para prestar um serviço diferenciado e alto valor agregado para seu cliente! Este, por sua vez, não poderá cobrar o mesmo preço daquele.

Porém, precisamos refletir quais são nossos objetivos a curto e médio prazo para definirmos uma estratégia. Porque, se o cliente não conhece o seu serviço… se ele não conhece o quão diferenciado ele é mas, tem acesso – e muitas vezes já usou – os serviços do que cobra um preço mais barato, ele talvez nunca venha a saber o quanto você pode ser melhor para ele e para o pet, em virtude de um preço que ele não vai pagar tendo outro mais barato, e muitas vezes a discrepância, a diferença entre esses valores é muito grande. Entende o que quero dizer?

É preciso encontrar um equilíbrio para construir uma estratégia em que seja possível para a maior parte das pessoas acessar o seu serviço, até que você construa uma “carteira” de clientes. Ou, se você optar por se destacar no mercado por um preço mais alto, também está tudo certo! A escolha sempre é sua! Seu negócio, suas regras!

Mas é preciso entender que, neste caso, o seu público alvo será medido pelo poder aquisitivo e, portanto, você automaticamente estará excluindo da sua concorrência o que cobra mais barato. Concorda?

O que eu gostaria que refletíssemos, com esse post, é que não precisamos nos preocupar, nem nos comparar com todas as ofertas com um mesmo “título” (passeador ou pet sitting, por exemplo) pelo parâmetro de preço.

Os nossos concorrentes, os que servirão de parâmetros de comparação pra nós, serão aqueles que oferecem um mesmo tipo de serviço, com um valor (entrega) similar. Com esse, sim, precisamos equiparar nossos preços.

Outro ponto importantíssimo a se considerar é qual o perfil do cliente que você busca: o que quer um serviço, pelo seu preço ou o que quer um serviço pelo seu valor? Pense nisso!

Valor e preço são coisas completamente diferentes e vamos falar disso no próximo post, não perca!

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